Estudo mostra compilado de dados sobre faturamento, empregos, formatos de lojas, assim como as principais redes que compõem o setor farmacêutico brasileiro

O estudo “Farmácias e Drogarias: Mercado e Tendências” reúne informações sobre o varejo farmacêutico no Brasil como o número de lojas no País, a localização dos pontos de venda, assim como geração de empregos. Estes dados mostram o crescimento do faturamento total do comércio tanto de medicamentos quanto de produtos vendidos nas farmácias e drogarias do País.

Este formato de loja está presente todos os municípios brasileiros (cerca de 5,5 mil) e, mesmo com a economia retraída, não param de crescer. Com a evolução deste mercado de medicamentos, as fusões e aquisições de empresas deste ramo se tornam cada vez mais comuns.

Além dos medicamentos, as farmácias e drogarias também comercializam insumos farmacêuticos, artigos médicos e ortopédicos, assim como itens de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos. Em alguns pontos de venda o sortimento vai além e abrange ainda alimentos, pilhas, recarga de celular, entre outros.

De acordo com a pesquisa, as lojas de rua predominam entre as farmácias e drogarias do Brasil; seguido por shopping centers, galerias, supermercados, aeroportos e rodoviárias. Nas grandes cidades com mais de 300 mil habitantes, a maior parte das farmácias são controladas pelas maiores companhias do setor.

Setor farmacêutico no País

Por outro lado, em municípios menores com até 50 mil habitantes, as redes independentes prevalecem. Na região Sudeste estão 42,6% do total de lojas farmacêuticas no País, seguido pelo Nordeste, com 24%; Sul com 16%; Centro-Oeste 9,9%; e Norte com 7,5%. As farmácias e drogarias que integram a Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma), até julho de 2019 geraram 167.802 mil empregos, 2,8% acima do total registrado de janeiro a dezembro do ano passado.

O número de vagas de farmacêuticos chegou a 24.327 profissionais nos primeiros sete meses deste ano. Atualmente a Abrafarma representa 25 das maiores redes do varejo farmacêutico do Brasil, com mais de 7,5 mil lojas em todos os estados. Ao todo, este grupo representa mais de 40% das vendas de medicamentos do País e realizam 900 milhões de atendimentos por ano. Além disso, o faturamento do varejo farmacêutico brasileiro mostra crescimento contínuo com expansão nas vendas anuais.

Em 2018 o setor farmacêutico registrou R$ 103 bilhões, segundo dados da IQVIA publicados no Relatório Anual 2018 do Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma). O total mostra alta de 8,31% em comparação ao ano anterior. Entre 2014 e 2017, as vendas expandiram 44,89% e este ano a expectativa é de que o desempenho mantenha-se em alta já que até setembro de 2019 o faturamento chegou a R$ 110,08 bilhões.

Redes associadas à Abrafarma

As 25 grandes redes associadas à Abrafarma contabilizaram um total de R$ 50,94 bilhões entre agosto de 2018 e julho de 2019 e representam pouco mais de 40% do faturamento do mercado no país. Desta forma, o faturamento apresenta alta de 9,31% nas vendas se comparado aos mesmos meses do ano anterior. Entre os principais grupos, Raia Drogasil se mantém na liderança de faturamento por oito anos seguidos, de acordo com dados da Abrafarma.

Já a Drogarias Pacheco São Paulo, desde 2011 ocupa a segunda posição do ranking de faturamento, seguido pela Farmácias Pague Menos, que mantém a terceira posição por sete anos consecutivos. Apesar de diversificar o portfólio de produtos nas lojas, os medicamentos ainda são o carro chefe do desempenho financeiro dos pontos de venda.

No faturamento das 25 maiores redes, entre agosto de 2018 e julho de 2019, os remédios responderam por 67,67% das vendas. Em um país com a maior parte da população de baixa renda os preços tem importância para as empresas já que muitos consumidores decidem o local de compra de acordo com a oferta de medicamentos mais baratos.

Vale lembrar que este material sobre o setor farmacêutico foi realizado com base em dados secundários obtidos em associações, institutos de pesquisa, órgãos do governo, bancos de investimentos e publicações especializadas do setor, bem como de acompanhamento da imprensa nacional.

Fonte:Guia da Farmácia Por