Delivery deve continuar crescendo

Desenvolvida pela Qualibest e a Galunion uma pesquisa aponta as mudanças nos hábitos alimentares durante e após a crise causada pelo novo coronavírus

Entre entrevistados, 21% acreditam que vão gastar ainda mais com delivery no pós-pandemia. (Crédito: Norma Mortenson/ Pexels)

O isolamento social decorrente da pandemia do Covid-19, mudaram os hábitos da população e tiveram um impacto direto nos negócios e nas comunidades. A alimentação não está dissociada desse movimento. Para compreender as mudanças nos hábitos alimentares durante e após a crise, a Galunion, empresa especialista em foodservice, e o Instituto Qualibest desenvolveram o estudo Covid-19 & Alimentação.

Realizado nos dias 5 e 7 de maio, o levantamento ouviu 1.100 pessoas no território brasileiro via questionário online. Um dos fatores apontados pelo estudo foi o efeito da pandemia na renda dos brasileiros — 40% dos respondentes tiveram queda nos seus rendimentos e 26% estão sem qualquer renda, durante o período. O abalo na economia doméstica deve gerar um impacto sem precedentes para a alimentação fora de casa, segundo a pesquisa.

Ao mesmo tempo, 97% dos entrevistados passaram a cozinhar em casa ou aumentaram a frequência com que faziam isso. A alternativa de pedir entregas de compras do supermercado se tornou uma realidade para 17% dos brasileiros, que experimentaram essa ferramenta durante o isolamento social.

Os pratos mais desejados da pandemia

O estudo analisou quais são os fatores mais importantes na hora de escolher um restaurante para fazer o pedido. Higiene e limpeza aparecem como os valores mais buscados, seguidos por preço justo, comida gostosa e serviço bem feito. Perguntados sobre o que os motivaria a comprar mais comida pronta, 44% dos entrevistados apontaram a possibilidade de parte do dinheiro ser doado para pessoas necessitadas e 34% citaram a opção de ganhar desconto quando o restaurante for reaberto.

Quando perguntados sobre a comida que mais desejam consumir durante o período, a pizza foi a escolha de 73%; hambúrgueres (59%), sanduíches (46%) e massas (40%) aparecem na sequência. O estudo também apontou uma ascensão das culinárias ligadas às indulgências como doces e bolos.

Desafios do delivery

Segundo a pesquisa, o futuro do delivery é otimista. Entre os entrevistados, 21% acreditam que vão gastar ainda mais com esse canal de compras no pós-pandemia. Apesar dos dados, o setor ainda tem desafios a serem superados. 51% dos respondentes afirmaram que já deixaram de comprar no delivery de um restaurante porque a embalagem veio com problemas, como falta de lacre, comida desarrumada, vazando etc.

Comprovado pelas maiores redes do Brasil; a melhor forma de trazer resultado para o seu delivery é utilizando o imã de geladeira.

Para a Galunion e a Qualibest, algumas medidas que podem ajudar as marcas a melhorar sua experiência no delivery são reforçar ações que ajudem a cortesia do entregador, investir em embalagens lacradas, higiênicas e que mantenham a temperatura da comida, além de cuidar para que o processo da entrega garanta a integridade do produto.

Comportamento pós-pandemia

Segundo a pesquisa, ao mesmo tempo em que 83% dos entrevistados frequentam restaurantes self service, 79% dos respondentes pretendem voltar a fazer refeições fora de casa, 69% não acreditam que os frequentadores irão respeitar os novos códigos de comportamento. No pós-pandemia, eles esperam dos estabelecimentos adaptações como luvas descartáveis e álcool em gel (39%), porções pré-porcionadas (20%) e também cogitam a possibilidade de um atendente auxiliar na  composição do prato (26%).